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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta terça-feira (1º) que os Estados Unidos e seus aliados ignoraram as principais preocupações de seu país em relação à segurança, em meio à crise com a Ucrânia.
Em sua primeira entrevista coletiva para comentar a situação no território ucraniano, Putin declarou que Moscou ainda está analisando as respostas dadas pelo governo americano e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na semana passada, referentes às solicitações de segurança russa.
"Está claro agora que as questões russas fundamentais foram ignoradas", disse Putin, acusando o governo americano de usar a Ucrânia como "ferramenta" para conter a Rússia. Na última semana, os membros da Otan responderam formalmente a uma série de exigências russas que pediam garantias jurídicas de segurança. No entanto, Putin afirmou que é visível que o Ocidente não atendeu as demandas do país.
De acordo com o líder russo, "a Otan apoia a liberdade de escolha dos países, mas é impossível reforçar a segurança de alguém em detrimento de outros".
Moscou, que tenta evitar um avanço da Otan para o leste, está aumentando sua presença militar na fronteira com a Ucrânia. A tensão na região tem escalado, apesar dos russos enfatizarem que não têm intenções de invadir novamente o país vizinho.
Hoje, inclusive, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, telefonou para o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, e pediu "a redução imediata da escalada russa e a retirada de tropas e equipamentos das fronteiras com a Ucrânia".
Durante a ligação, Blinken ressaltou a importância de Moscou "seguir o caminho diplomático" e enfatizou a disposição dos Estados Unidos de continuar uma "troca substancial" com a Rússia sobre preocupações de segurança mútua.
De acordo com o Departamento de Estado, o americano alertou também que uma nova "invasão da Ucrânia terá consequências rápidas e severas" e reiterou "o compromisso dos EUA com a soberania e integridade territorial ucraniana, bem como o direito de todos os países determinarem suas políticas externas e alianças".
O chanceler russo, por sua vez, disse que, em sua conversa com o governo americano, concordou que podem ser iniciadas negociações sobre as garantias de segurança solicitadas por Moscou, informou a agência de notícias Tass.
Segundo fontes dos EUA, "Lavrov não forneceu nenhuma indicação de planos futuros para uma desescalada na Ucrânia". Além disso, o próximo passo será a entrega por parte da Rússia de uma "resposta formal" validada por Putin à carta enviada na semana passada por Washington.
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